terça-feira, 28 de agosto de 2007

De Foé a Puerta: quatro anos de tragédias

26 de junho de 2003. Morre, aos 28 anos, Marc-Vivien Foé (foto). Jogador da seleção camaronesa, Foé caiu em campo durante a disputa da semifinal da Copa das Confederações diante da Colômbia. Problemas cardíacos o levaram à morte.

25 de junho de 2004. Miklós Fehér, jogador húngaro do Benfica, recebe um cartão amarelo em uma partida contra o Vitória de Guimarães pelo Campeonato Português, sorri para o árbitro, se vira e vai ao chão. Fehér foi vítima de problemas cardíacos e faleceu aos 24 anos.

5 de dezembro de 2004. Cristiano de Lima Júnior jogava pelo Dempo Sports Club, equipe indiana. Em partida válida pela Federation Cup, Cristiano se chocou com o goleiro do Mohun Bagan, Subrata Paul, sofreu um colapso e faleceu por problemas cardíacos. Cristiano, 24 anos, havia marcado os dois gols que deram a vitória ao Dempo.

27 de outubro de 2004. Serginho, zagueiro do São Caetano, enfrentava o São Paulo pelo Campeonato Brasileiro. Após cair no gramado, Serginho foi levado ao hospital mas não resistiu e entrou para a história do futebol brasileiro como um marco infeliz. Ele tinha 30 anos.

28 de agosto de 2007. Antonio Puerta (foto da agência EFE) morre no hospital três dias após sentir-se mal durante a estréia de seu time, o Sevilla, diante do Getafe, pelo Campeonato Espanhol. Falência múltipla de orgãos e encefalopatia foram resultados de paradas cardíacas do jogador de 22 anos.

Para evitar que casos como esses acontecessem durante a Copa do Mundo, a Fifa exigiu que as federações dos países que disputaram a edição de 2006 apresentassem exames médicos de todos os jogadores inscritos. De todos os casos relatados acima, o primeiro foi o único que aconteceu em uma competição organizada pela máxima entidade do futebol. A Fifa tomou cuidado para que novos Foé's não aparecessem em suas competições, mas não foi suficientemente competente para evitar os quatro casos seguintes. O futebol convive com a possibilidade evidente de mortes de jogadores em campo desde 2003, entretanto, a negligência de clubes, federações nacionais e da própria Fifa não traz a perspectiva de fim dessa possibilidade.

Um comentário:

Vinicius Grissi disse...

Muito interessante o blog! Vou linkar no meu, depois faça o mesmo se quiser, e dê uma passada lá!

Ontem fiquei me perguntando o motivo de tantas mortes no futebol. Coincidências, excesso de cobrança física, jogadores no limite? Confesso que não sei.

Abraços!