terça-feira, 30 de outubro de 2007

Blatter não dá a receita

Logo antes de confirmar o Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, Joseph Blatter afirmou que conceder a responsabilidade de organização do mundial ao país seria uma forma de diminuir a emigração dos jogadores brasileiros e impedir que eles tomem o total controle dos plantéis de equipes estrangeiras. Assim, o presidente da Fifa espera que os brasileiros permaneçam em clubes nacionais, evitando que os jogadores de outros países, ao perderem espaço para os nascidos por aqui, só apareçam ao defender suas seleções.

Ok! Quem não gostaria de ver Ronaldinho, Kaká e cia. disputando o Campeonato Brasileiro?

Mas de que forma uma Copa do Mundo no Brasil daria condições aos clubes brasileiros de disputa com os grandes europeus?
O futebol brasileiro ganhará mais destaque com o mundial da Fifa, entretanto, ele não acabará com as dívidas dos grandes times e, muito menos, tornará os pequenos mais competitíveis. O impulso econômico que deve ocorrer não garantirá a possibilidade de os cartolas oferecerem salários como Barcelona, Milan, ou ainda, os times do leste europeu.

Se mesmo a França, que já ostenta uma das grandes economias mundiais, após 1998, ainda vê seu campeonato enfraquecido e seus principais jogadores atuando nas ligas de seus vizinhos, não vai ser o Brasil que vai ameaçar o poder de atratividade dos grandes europeus.


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